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    Sorriso 169



    Ela vinha como uma mocinha de filmes, pedalando incauta, numa felicidade inocente e nem viu o monstro se aproximar. De onde eu estava via claramente um Tiranossauro Rex. A forma de andar, os bracinhos, o bocão cheio de dentes perigosos.
    Deus passadas ligeiras e se colocou a frente do veiculo da heroína que não teve outra saída a não ser gritar por sua vida!
    - Mãe, olha o Mateus!
    A genitora, ato contínuo, falou um texto monocórdio, automático, que parecia mais um tique verbal do que algo a ser considerado.
    - Mateus, deixa sua irmã...
    T-Rex não entende português. Qualquer um sabe disso. Parece que mães não. E ele segurou o guidom e parecia que ia morder a roda. A coisa era feia de se ver.
    Meu primeiro contato com dinossauros foi ainda no começo dos anos 70.
    Não lembro, mas conta minha mãe que íamos a um pediatra que para ganhar nossa atenção contava sobre sua coleção de dinossauros.
    - Meu brontossauro ontem escapou do quintal e parou a avenida Brasil.
    Eu, com minha educação inglesa e porte elegante, apenas dizia:
    - Você é um mentiroso!
    Eu era um lord diplomático.
    Só vim acreditar em dinossauros muito anos depois.
    Afinal, quando vi Jurrassic Park pensei:
    - Isso não pode ser efeito... – E engoli mais pipoca.
    E o dinossauro agora sacudia o triciclo da moça. Ela gritava e balançava os braços. Ameaçava chorar! Era o caos! Cenas violentas estavam por vir diante da mãe que olhava de rabo de olho, doida pra pegar a chinela.
    Pedi meu sorriso.
    Ela fez “xisssss”.
    Ele fez “grrrrrrrr”!
    Aprendi mais uma coisa ali sobre T-Rex: eles não sabem sorrir.  

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