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    Sorriso 166




    Vi o cachorro de gesso. Era perfeito. 
    Na boca segurava uma lamparina e vigiava  a rua.
    Fiquei olhando para o cão, marrom, impávido, quase real que parecia guardar o local.
    A minha admiração era por tabela. Minha mãe adoraria.
    Não, eu nunca tive um animal de estimação.
    Quando criança lá no morro do Leme, lugar que hoje nem existe mais, na casa do me avô havia um cachorro Branquinho.
    Eu brincava a beça com ele e de alguma forma eu achava que era meu.
    Em algum momento da minha infância ele morreu e hoje é uma lembrança numa foto avermelhada. Nenhuma laço mais forte foi criado.
    Depois, adolescente, tive um canário amarelo de nome Jonh Lennon.
    Não me lembro dele cantando, ou feliz, e a visão dele em uma gaiola nunca me animou muito. Um dia o encontrei caído na folha de jornal novinha que havia trocado tinha pouco tempo. Outro Lennon partia da minha vida.
    Fui me aproximar de novo de animais por conta de Nino, Roque e Manon, o trio de irmãos que ganhei na casa da minha mãe, lá em Cabo Frio.
    Via sempre uma paciência, um amor incondicional e uma dedicação de Dona Marlene e que ficava com inveja.
    - Mãe, a Manon está em cima da cama que eu vou dormir...
    - É que a cama é dela quando você não está...
    Oi?
    - Mãe, não tá fazendo muito legume pro almoço não?
    - Esses são do Roque...
    Ah, tá.
    Só compreendi tanto amor no dia que Nino partiu e D. Marlene num luto sofrido.
    Agora olhando a réplica perfeita pensei em fazer um agrado.
    - Esse cachorro está à venda?
    O sorriso da Beth, a dona da loja mudou. Me contou do Max que ficava ali na mesma posição, do amor, do companheirismo e de sua partida tinha pouco tempo.
    - Inclusive a cor deste cachorro era branca... E pintaram para ficar mais parecido.
    Aquela peça nem tinha preço.
    E Beth fez uma carinha muito triste que me lembrou minha mãe.
    Não poderia sair assim. Fiquei ali, contei uma história, papeamos um tempo e o astral voltou a ficar bem. Ufa.
    Um sorriso pode ser o melhor amigo nessas horas.



    2 sorriram também:

    1. Pô, agora que eu li, lembrei do cachorro... ficava ali na entrada mesmo... sempre deitado ali tomando conta do movimento... um golden retriever.

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      Respostas
      1. Exato. E perfeito. Não que Nino tivesse este pedigree, mas com certeza eram parentes distantes. Talvez primos. rs

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