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    Sorriso 165




    Um enorme hambúrguer de picanha na barriga e da cabeça não paravam de sair ideias, citações cinematográficas e pensamentos geniais sobre novos blockbusters. Coisa simples tipo revolucionar o mundo.
    Pagamos, levantamos e eu pedi a moça simpática que nos atendia:
    - Posso roubar um sorriso?
    Ela ficou na dúvida. Cliquei.
    - Como é seu nome?
    - Cremilda... E o seu?
    - Marton...
    Achei que ela fosse estranhar, fingir que entendeu, mas ela falou sem pensar.
    - Nossa, o segundo Marton que conheço.
    Oi?
    Meu nome vem de um escritor Russo que viveu no século XVI e foi perseguido pelos bolcheviques por ser contra o governo. Escrevia peças, ensaios contra a invasão otomana e foi um dos criadores do verão russo, um movimento de poetas e ensaístas que revolucionaram a escrita naquele país.
    Não. Mentira. Na verdade pior que isso. Um grande crime com movimentos históricos diferentes e sem nenhuma contemporaneidade.
    No fundo meu nome é composto.
    Metade mamãe, MARlene, metade papai, ArauTON. Simples assim.
    Tive sorte de não nascer mulher, seria uma mulata grande de nome Araulene. Medo.
    E já fui chamado de Norton, Marlon, Maicon, Marcon, Marcão, Marzon, João, Marco Antônio (oi?) e uma variação surpreendente. E sei que a cada semana pessoas se superam. Como na passada na recepção de uma produtora o porteiro tentava me anunciar lendo minha identidade.
    - O Mar... Mar... Mar... Mar... (pausa) Isso, esse mesmo. Pronto, pode subir!
    No Orkut, havia uma comunidade chamada MEU NOME É MARTON. 60 integrantes com origens de nomes diferentes. Mas todos “únicos”.
    Olhei para Cremilda e pensei em perguntar de onde ele conhecia, idade, etc.
    Mas no fundo aquela vaidade de ser exclusivo não me deixou criar muita intimidade com meu Xará.
    Afinal, somos poucos e seletos. Eu acho. 

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