Se no verbete "simpatia" tivesse uma foto seria do Edson.
Talvez no de "solícito" também.
Um sujeito do bem que está sempre de bem com a vida. E ajudando.
Durante meu fim de relacionamento com minha ex diarista, a Maria, o Edson foi um ombro amigo.
Quem já passou por isso sabe do que falo.
A pessoa entra na sua vida como uma "faxineira", como "empregada" e acaba, no meu caso, acaba se tornando amiga.
Mas vacila, mancha, quebra, falta, falta, falta. E um dia você descobre uma mentirinha.
Você foi trocado por outro serviço... Ai, ai, ai. Traição que já deu tanto samba e música de fossa.
Sofri.
Mas Edson estava lá. Na verdade Edson e suas moças.
- Tenho uma ótima. Quer que eu fale com ela?
Acho que foram umas cinco antes de Solange me devolver o "cheiro de casa limpa ao voltar do trabalho".
Muito amor. O odor de Veja que páira no ar.
Não por isso, doeei roupas e sapatos pro Edson.
- Na minha área lá tem muita gente que precisa. - Levou as sacolas feliz da vida.
E no dia que eu precisava trocar uma lâmpada na minha cozinha Edson foi preciso. Na verdade na medida.
Um fogão duas bocas ocupada quase todo o local. Ou seja: eu e uma escada, impossível.
Mas o pequeno Edson fez uma ginática, suou rios e tirou o local da escuridão.
Estiquei o dinheiro pra ele que recusou:
- E aquelas roupas todas? A gente vai se ajudando né?
Me deu um tapinha no ombro e mandou esse sorriso gente boa.
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