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    Sorriso 155



    Minha mãe lembrou do dia que eu não quis tirar foto com Papai Noel.
    - Você era assim... Cismava.
    Ainda morávamos em Bras de Pina e teria uma festa na escola. Tinha 3 ou 4 anos. Fui vestido de palhaço. Lembrei da foto e começamos uma busca aqui pela casa. Albuns, caixas, poeira, outras fotos e... Nada.
    Mas tá fresca na memória ainda o quadro. Eu e meu irmão ladeando o bom velhinho.
    Eu vestido de palhaço, uma bolinha preta da ponta do nariz, e Marcello com uma roupinha de soldadinho, bem estilizada. Ele e Papai Noel sorriem e eu estou recostado no colo do Santa com cara fechada.  Na verdade desanimada.
    A foto é preto e branco mas me lembro do vermelho muito vivo da sua roupa, da fila, das mães orientando os filhos e de que mesmo após a foto ele não me deu presente algum.
    Sei que não foi por conta de não sorrir, afinal meu irmão também não ganhou nada.
    Algun anos depois, quando eu morava em Laranjeiras, na escadaria do prédio 124 da rua Conde de Baependi, descobri após contar aos outros meninos o que havia ganho do bom velhinho, descobri que tudo era uma farsa. Muita vergonha naquele dia e um plot na minha vida.
    Passado mais algum tempo, nesta mesma escadaria vi também pela primeira vez uma revista do Carlos Zéfiro. Percebo agora que aquela escada de incêndio, onde quase também perdi meu dedo mindinho, foi muito edificante na minha vida.
    - Posso tirar uma foto?
    Furei a fila sim. O shopping estava cheio e esperei o espaço entre uma criança e outra. Me advoga o fato de meu único pedido era um sorriso. E o cara ali, naquele calor do cão (com todo respeito ao dia), trajes pesados e com uma fila quilométrica pela frente, topou feliz da vida.
    E isso me tocou.
    Pois se este sorriso não é a síntese do espírito natalino, na boa, não sei mais o que pode ser. 

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