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    Sorriso 151




    O avião era um mistério, tudo com cara de novidade, poltrona, cinto, as moças com uniforme do vinco e riso eterno... Transbrasil. Era a mais chique.
    Mais de 30 anos... 35 talvez?
    Eu, minha mãe e meu irmão viajávamos para Maceió, conhecer parentes, ver as origens na cidade de onde meu avô tinha vindo.
    Uma aventura.
    Afinal, Seu Olympio veio de Matriz de Camaragibe em 1930, fingindo ter mais idade que tinha, para lutar contra os Paulistas e mostrar do que é feito um bom Alagoano. Um meninote de pouco mais de 17 anos que acabou arrumando suas histórias por aqui, tendo filhos e netos. E eu apareci.
    Ah, sim, onde estava. No voo.
    Apaixonei por voar. Até hoje adoro uma janela, olhar as nuvens, bater fotos...
    Lembro que na ida ou na volta meu avô sentado ao meu lado preveniu:
    - Agora que ta descendo vai dar uma sacudidinha.
    E sacudiu.
    Depois eu peguei os que tremeram parecendo desmontar, os que pousaram como uma pluna, os que tiveram festa ao tocar o solo e aquele que arremeteu na Bahia, tem tempo, em que vi minha vida passar na frente dos meus olhos um par de vezes.
    Ali eu conclui que tudo acabaria bem, pois era muito pouco tempo de vida para passar uma vez só.
    Quando D. Célia parou o táxi, pensei nessas viagens.
    Seu jeito alegre ficou na cabeça como mais uma despedida.
    Nas idas e vindas que me fizeram conhecer e me perder de tanta gente legal. Espalhados de norte a sul deste país.
    Foi aí que me deu saudade do mundo. De todo mundo.
    E de todos os sorrisos que já vi.

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