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    Sorriso 125




    Um dia, lá pelos anos 80, recebi um convite irrecusável: conhecer a rádio Fluminense.
    A irmã de um grande amigo trabalhava por lá como locutora e fez a ponte. Conhecer a “Maldita” pra mim era como encontrar o Morrissey, ganhar uma Fender ou passar uma noite, na época, com a Rita Cadilac. Respeitem os desejos de um rapaz de vinte anos.
    - Nos encontramos no Araribóia tipo meia noite...
    - Oi?
    Rodolpho , meu amigo, seria o auxiliar de um DJ excêntrico que tocava na madrugada da rádio. Fui como ajudante do ajudante.
    Preciso explicar que o Araribóia citado era a estátua, perto da estação das barcas em Niterói.  Não sou tão velho assim. Na época estava morando no Barreto e a viagem de 42 até o centro foi tranquila.
    Cheguei meia-hora antes e forrei o estômago com um pastel e caldo. Lembro que estava nervoso. Estaria em momentos na rádio que lançou a geração do Rock Brasil.
    Rodolpho chegou, caminhamos (como bons duros) uma meia hora até a rádio e subimos de forma tranquila, o prédio antigo estava vazio.
    Vazio mesmo. Velho demais. Na verdade um deserto jurássico.
    Encontramos com um Sérgio Vasconcelos sonolento e meio impaciente com minha visita mas que se mostrou uma grata surpresa pilotando seu programa. Me diverti horrores catando discos, escolhendo faixas, fazendo as pessoas ouvirem boa música. Atendi dois ou três telefonemas também. Talvez seja imaginação.
    Foi neste dia que aprendi que a juventude não esta nas coisas e sim na forma de vê-las. Quis ser o Sergio quando crescesse.
    Da noite guardo uma recordação linda e um disco do Brian Ferry que ganhei e hoje mora no fundo de algum armário. Depois a vida fez com que eu e ele nos encontrássemos algumas vezes. Como agora.
    Eu, um pouco mudado, mas ele com o mesmo sorriso musical de sempre. 

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