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    Sorriso 118



    Eu devia ter uns 3 ou 4 anos. Morava num prédio pequeno, ali na Rua Tiboim, em Bras de Pina.
    Um dos únicos que existe por lá até hoje.
    Lembro que lá embaixo havia uma quitanda, boteco, ou algo assim e sobre o seu balcão um daqueles baleiros fascinantes.
    Aquele das balas kids.
    Nele moravam todo tipo de gulosoimeimas possíveis. Pirulitos, balas, bananadas, paçocas e... Os doce de leite.
    Aqueles de corte em losângulo, de um açucar de enrugar a testa e agitar a alma.
    Eu descia para o sol e antes parava por ali e pegava uns dois sem a menor cerimônia.
    Era uma das poucas coisas que eu alcançava no mundo e que não me oferecia resistência. Talvez a outra fosse o seletor da TV.
    sim, vim de uma época onde a gente levantava pra trocar de canal. Mesmo com frio, o chão gelado ou cheio de sono.
    Digressiono. Ah sim, o doce!
    Um dia descobri que tudo aquilo que eu pegava, diante do sorriso condencedente do dono da birosca, era acertado mais tarde pelo meu Pai.
    Me senti traído. Como vingança contra este sistema vil me aventurei em outros doces. Afinal, o papo era traição.
    - Doce de leite ou brigadeiro? - Perguntou a Silvia com suas trufas na mão me trazendo de volta ao local.
    Ela sorriu.
    Não se pode colocar uma pessoa como eu, com caráter e posições firmes numa situação desta.
    O doce de leite é a infância, a origem, o começo. Tudo bem que brigadeiro é unanimidade.
    Mas sou assim. Decido e pronto.
    E mesmo antes que pudesse decidir comprei os dois.


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