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    Sorriso 138




    Depois que mudei pra Laranjeiras, ainda moleque, descobri ali no Largo do Machado um pequeno mundo perfeito.
    Afinal, por ali tinham cinemas, lanchonetes e aquela praça enorme pra correr atrás dos pombos.
    Dois cinemas, entre tantos que haviam na praça, eram especiais para mim.
    O primeiro era o Condor Largo do Machado, na Galeria Condor, onde assisti o clássico “Costinha e o King Mong” com o impagável Costinha, como Tarzan, Ferrugem, como um tipo de boy, e a mocinha Nidia de Paula que anos depois tive o prazer de entrevistar.
    Lembro pouca coisa do filme e morro de vontade de revê-lo pois tenho muita curiosidade de rever o macacão escalando o Cristo Redentor.
    Já o São Luiz, com suas centenas de lugares, o lustre gigantesco que apagava em camadas para avisar o início da sessão e sua bomboniere reluzente, exercia em mim um poder fascinante. Magnético.
    Muitas vezes, como em Guerra nas Estrelas, fiquei sessões seguidas, entrando com a luz do dia e saindo debaixo das estrelas e com elas na cabeça.
    Foi ali, vendo Caçadores da Arca perdida, que decidi que queria viver daquilo. Sem saber ainda o que aquilo era o certo. Mas a certeza era tanta que deu no que deu. Ou está dando.
    Ah sim, e tinha o Bobs.
    A parada depois dos cinemas era certa. Cachorro quente, laranja em copo encerado e um sundae. O mundo perfeito.
    Ali, agora, de pé eu arrisquei.
    - Capricha na calda. – Pedi.
    - Mas é adicional... Mais caro...
    - Poxa, não seja assim. Capricha aê. – Reforcei.
    A moça manda um sorriso e o sundae vem pesado.
    Por um momento lembro de minha mãe, meu irmão, meu avô e amigos, com que passei naquele Largo do Machado. Recordações que caberiam neste sorriso. A saudade até bate. Mas toda aquela calda caprichada me traz de volta feliz a um doce presente. 

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