Padaria. Ou um conceito bem diferente do estabelecimento.
Mas, vamos lá. Segue o diálogo.
- O que vai ser? - Diz ela sorridente.
- Pão com salaminho e queijo...
Aqui um parênteses.
Vivi anos na ditadura do misto (mixto?) quente. Já nasci com este conceito do pão + queijo + presunto pré estabelecido.
Se as pessoas, os chefs de cozinha e até mesmo os chefes de Estado soubessem da força do salaminho ao invés da passividade do presunto repensariam certas coisas em relação a esta combinação e o mundo seria um lugar melhor para se viver.
- Pra beber?
- Calma lá... Isso é muito sério. Sem miséria no sanduba por favor.
Ela se faz de ofendida e corta o pão com raiva. Grita pro outro lado da loja.
- Fulanoooo corta umas cem gramas de salaminho aí!
A manteiga deixa o miolo amarelo.
Meu amigo observa:
- Manteigaaaaaaaaaa...
Ela retira o queijo da geladeira e separa as fatias. Muitas. Mostra pra mim.
- Tá bom? - Diz desafiando.
Sorrio satisfeito. O salaminho chega num pedacinho de plástico transparente. Tudo se mistura e vai pra chapa.
E quando surge em minha frente some em segundos.
Meu amigo vê o a obra prima e inveja.
- Quero um igual o dele!
Terminamos e ela se aproxima.
- Mais algumas coisa?
- Um sorriso...
Aí começa um duelo. Pra que? Porque? Não, tô feia. Pára! Blog de que? Sei não...
Entre um argumento e outro vou clicando sem ter a certeza de que vai acontecer algo ali. Mas clico.
Meu amigo explica o projeto como uma paixão como se fosse dele.
Vejo que tenho um sorriso lindo, espontâneo, no meio de uma recusa e um charme. Faço um sinal de positivo.
Mas, diante da beleza da moça o outro se empolga.
- Agora só falta o seu telefone...
Ainda bem que eu já tinha feito meu sorriso. Porque o número ficou na promessa.
0 sorriram também:
Postar um comentário