- Essa é de que?
- Sopa da Mama.
- Hum...
- Quer uma provinha?
Digo que sim e a provinha, generosa, vem pelando num copinho de plástico.
Enquanto me delicio ela explica.
- Aipim, cubinhos de bacon e cenoura.
Tá tudo ali. Sem miséria, o prometido se cumpre e aquece o estômago.
A provinha acaba rápido demais.
- E essa?
- Feijão com camarão. Provinha?
- Opa!
Nem imaginava o quanto camarão e feijão branco tinham sido feitos um para o outro.
Parecem ter sido pescados juntos. O camarão nadando entre os caroços de feijão parece uma cena de um musical de Esther Williams.
Só falta uma cascata de gente.
Estico o queixo para olhar dentro da outra panela.
Ela faz um resumo.
- Caldo verde, ervilha, legumes...
- E aquela?
Sim, sou chato. Ficando gripado então.
- Creme de batata com bacalhau desfiado mas tem pouquinho. Dá pra provar.
Não sou muito chegado a bacalhau mas provei.
O melhor dali com certeza é a provinha do sorriso da Sônia.
Sempre.
Conheci sua barraquinha por conta do cheiro do Angú. E que Angú. A vera, ali na D. Mariana.
Depois abriram uma "filial" em frente a minha casa. Era o paraíso.
- Fechou porque nossa sócia não gostava muito de trabalhar. E no mundo tem dois tipos de pessoas:
as que gostam e as que não gostam de trabalhar.
Fui caminhando pra casa com minha sopa da mama, cuidadosamente embrulhada pra mais tarde, e esta frase na cabeça.
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