Sorriso 079

Jogar bola com o filhote, comer besteira, ver o jogo secando os dois times
e voltar a adolescência. Divertido pacas.
Deixar ele em casa e na volta aquela fominha de uma da matina.
Não tem erro: Fornalha que aquece o estômago.
Parece texto de comercial. Vicios antigos.
Paro o carro completamente irregular ali na Sorocaba. O que os olhos da prefeitura não vêem o bolso não sente.
Na vitrine de guloseimas parece meio-dia.
- O que eu como?
O Alex sorri. Passei o poder e a decisão pra ele.
- O joelho acabou de sair.
Ele sabe que só vou de joelho. Maracujá espíritual, aquele que quase é, para acompanhar.
Um refresco que não chega a ser ralo. Já teve Maracujá por ali, em algum momento, o gelado e o doce compensam.
Pergunto para a Janete, que arruma os doces:
- Trabalhar aqui engorda?
- Ganhei uns 3 quilos. Quem não engorda é o Alex... Magro de ruim.
Ele, ocupado com outra coisa, sorri de longe. E com este sorriso deve ter apenas aquela maldade comum a todos nós.
Aquela que nos faz ceder a tentações na madrugada.
Foi no meio deste pensamento que a fatia de pudim cruzou seu olhar comigo. Aí, quem sorriu fui eu.

 — en Fornalha Botafogo.