- Tony...
Eu estendia a mão e corrigia.
- Meu nome é Marton, prazer...
Ele sacudia a cabeça como se arrumasse as idéias e desgrenhava mais ainda o cabelo.
- Eu sei, eu sei... - Mandava com este sorrisão cativante.
Este é o Marco. Puro assim, verdadeiro assim e extremamente solidário.
Uma das memórias mais prodigiosas que já vi na minha vida.
Já tínhamos feito não sei quantos programas, não sei quantas horas de gravação e alguém perguntava:
- Aquela moça sorrindo assim assado...
Marco certeiro mandava dia, hora e o cinegrafista. Perfeito.
Momentos depois podia entrar na minha sala virava pra mim e mandava.
- Tony...
Eu de novo e de novo me apresentava. Mas achava aquilo um charme e implicava.
- Temos uns 4 meses de campanha, até o final dela você descobre o nome do seu diretor...
Foi um dos poucos que não conhecia antes da empreitada e hoje é daqueles da equipe do coração.
E fez coisas lindas na campanha e aprendeu a força da sua simpatia.
A menina das estrelinhas apresentando o museu, o menino que não sorria apresentando a escola, muita gente falando se suas vidas e mostrando sua emoção sem medo diante da lente. Confiança assim em quem dirige é raro.
Coisas lindas de se ver. Tudo com o toque cuidadoso do sujeito.
No último dia ele me deu um abraço apertado emocionado e agradeceu por ter aprendido muito comigo.
Mal sabe ele que aprendi mais ainda com ele, no detalhe, na dedicação, na perseverança.
Ele estendeu a mão e agradeceu:
- Valeu Marton!
Marco havia aprendido meu nome finalmente. Ufa.
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