Eu e o André nos conhecemos ainda no século passado.
Trabalhávamos na mesma produtora, em ilhas vizinhas, cada um com seus problemas, em jobs diferentes. O que mais me lembro deste primeiro contato foram duas pequenas passagens.
Eu e o Gabriel, editor parceiro de algumas roubadas, estávamos em maus lençóis com momentos de gargalo, muita coisa a fazer e a madrugada apertando.
Era quando o André surgia na porta, cara tranquila e segura:
- Tão precisando de alguma coisa? Posso fazer lá enquanto importo o outro material.
E assim o camarada foi salvando nossa vida.
Já o outro episódio não é muito nobre.
Acho que umas 4 ou 5 da matina, André encontrou no sofá da nossa ilha um pouso para um cochilo.
- Vai dormir na sua ilha!
Pilhou Gabriel.
- Aqui o sofá é melhor e tu não manda em nada!
Respondeu André fingindo mau humor. O diálogo foi mais ou menos esse, a memória pode ter distorcido um pouco, mas basicamente foi esta a implicância.
Em minutos o André roncava placidamente como um avião numa cabeceira de pista. Gabriel me mandou um olhar maroto e abriu todo volume das caixas de som. Colocou um singelo hip-hop no inicio e preparou para apertar “play”. Viramos as cadeiras na direção do André só para observar sua reação. Gabriel apertou o play e...
O que vimos, quando a música se iniciou num volume ensurdecedor, foi um balé fantástico, um kung fu sem direção, gestos de auto defesa e golpes no ar, seguidos de pequenos gritos:
- Qual foi? Qual foi? Qual foi?
Rimos litros enquanto André saltava porta a fora brigando seriamente com seus “agressores” imaginários. Crueldade? Sim, talvez.
Em cinco minutos ele volta com sua cara inabalável, deita outra vez no sofá, fecha os olhos e diz calmamente:
- Sacanagem. – e volta a dormir.
Hoje o André edita um dos programas de maior audiência da TV, teve um novo filhote, o outro já segue seus passos, se formou em jornalismo e continua com o mesmo bom humor daquela época.
É sempre um prazer ter o André e seu sorriso por perto. Mesmo nas madrugas.
Já o outro episódio não é muito nobre.
Acho que umas 4 ou 5 da matina, André encontrou no sofá da nossa ilha um pouso para um cochilo.
- Vai dormir na sua ilha!
Pilhou Gabriel.
- Aqui o sofá é melhor e tu não manda em nada!
Respondeu André fingindo mau humor. O diálogo foi mais ou menos esse, a memória pode ter distorcido um pouco, mas basicamente foi esta a implicância.
Em minutos o André roncava placidamente como um avião numa cabeceira de pista. Gabriel me mandou um olhar maroto e abriu todo volume das caixas de som. Colocou um singelo hip-hop no inicio e preparou para apertar “play”. Viramos as cadeiras na direção do André só para observar sua reação. Gabriel apertou o play e...
O que vimos, quando a música se iniciou num volume ensurdecedor, foi um balé fantástico, um kung fu sem direção, gestos de auto defesa e golpes no ar, seguidos de pequenos gritos:
- Qual foi? Qual foi? Qual foi?
Rimos litros enquanto André saltava porta a fora brigando seriamente com seus “agressores” imaginários. Crueldade? Sim, talvez.
Em cinco minutos ele volta com sua cara inabalável, deita outra vez no sofá, fecha os olhos e diz calmamente:
- Sacanagem. – e volta a dormir.
Hoje o André edita um dos programas de maior audiência da TV, teve um novo filhote, o outro já segue seus passos, se formou em jornalismo e continua com o mesmo bom humor daquela época.
É sempre um prazer ter o André e seu sorriso por perto. Mesmo nas madrugas.
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