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    Sorriso 192




    E daí que ele quase morreu.
    Assim, de repente mesmo como o começo desta crônica ou o final de uma história de amor.
    Do outro lado da linha uma estranha Vivi, irmã do Chico, com voz de gente grande me dizia o que havia passado.
    - Você taí? – Ela perguntou em meio ao meu silêncio.
    A corrida de sempre a reação do corpo inesperada. Bobeira, passar mal, hospital, cti...
    - Você taí? – Ou ela repetiu ou a mensagem realmente demorou a chegar ao cérebro.
    Não. Estava na festa num ano qualquer dos anos 80 em que o Sidney nos apresentou e ali eu e Chico viramos amigos de infância apesar dos meus vinte e poucos anos. Tipo amor à primeira vista. Nunca te vi sempre te amei.
    E decidimos naquele livre arbítrio dos que se gostam, sermos amigos.
    Fomos a show de rock. Muitos.
    Enfrentamos desamores juntos. Alguns.
    Fizemos música, tivemos uma banda de rock, tocamos ao vivo e muitas vezes nos divertimos muito mais que a plateia. Na verdade acho que em todas elas.
    Não lembro nunca de ter brigado com Chico. Nunca.
    E olha que isso é coisa que faço com frequência, muitos deles estão e não estão ai para provar. Calma que passa.
    Lembro que quando ele fazia as provas dele para virar Doutor uma vez ou outra dormiu lá na casa do meu vô Olympio, em Niterói.
    Se gostaram tanto que uma das vezes, nem lembro porque, eu nem estava por lá.
    E do orgulho que meu avô querido sentiu quando soube que ele havia passado. Chico era já da família.
    Com esse cara eu dei algumas das maiores gargalhadas da minha vida. Daquelas longas, de lágrimas brotarem e perder o fôlego.
    Com o Chico aprendi que podemos fazer amigos depois de velho.
    Jantando depois de um ano do fato, ver ele bem, engraçado, disposto e cuidando de mim como um amigo, foi muito, mas muito emocionante.
    Esse sorriso diz muito. Me fez pensar nos amigos. Todos.
    E se sou relapso, sumido, e pareço não ligar é tudo pose. Amo todos vocês. Assim como você Chico. E espero que nunca seja tarde demais para dizer isso. E estou me esforçando e muito para ser menos ausente.
    Espero também, que o Miguel, o filho que ele espera, e o Sebastião, o filho que eu aguardo, possam ser amigos. E tenham a sorte de dar gargalhadas com a qualidade que como nós demos.
    E pelo jeito daremos muito mais ainda. Papai do Céu já garantiu isso.

    Ps.: Dias atrás o Chico fez aniversário e eu liguei no dia seguinte. Tô melhorando, tá vendo?

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