Sorriso 199
Já chegamos na loja e a moça sorria.
Tínhamos acabado de comer o melhor arroz do mundo, com cebolinha e ovo, porém sem camarão porque a Caru não curte frutos do mar. O que a gente não faz pelo amor dos amigos.
O restaurante atende pelo nome de campeão e estávamos derrubados realmente pelo pato que veio depois. Delicioso ao extremo.
Lá quase de fala português e quase se atende bem o cliente.
Depois para finalizar a orgia gastronômica, ainda teve o desafio da indicação de quem me ama: o leite frito.
Sim, comemos o tal de leite frito que é um misto de bolinho, mingau e alguma outra coisa inventada por alguém que não tem nenhum medo de ser feliz. Afinal, é servido numa porção de uns trinta e acompanhado de um potinho de leite condensado para que se lambuze ali antes de engolir.
Salivei enquanto escrevia. Desculpem-me.
Saímos do China e ganhamos a Liberdade. Não estávamos presos de verdade, mas no bairro mesmo, e saímos caroçando pelas lojas.
Compramos coisas na verdade. Nada de útil, algumas que engordavam, quando Luiza resolveu comprar uma blusa típica na loja do começo da história.
E a moça já sorria na entrada. E sorriu sempre. Muito. Sem parar. Uma simpatia cativante que fez com que a gente perguntasse sobre tudo, do samurai ao manekineko, de forma compulsiva.
A moça respondia a tudo de forma atenciosa e sempre sorrindo.
Luiza escolhendo e eu e Caru assuntando tudo, preço, cor, se tinha, o que significava.
E falava de forma tranquila, pausada e sorridente, com aquele sotaque distante e típico. Uma delicia. Virei fã.
Um sorriso franco, espontâneo, constante e fácil. Muito fácil.
Não poderia resistir de roubar ele pra mim. Afinal, estava ali, molezinha.
- Posso fazer um clique do seu sorriso?
E ela respondeu candidamente.
- Não.
Lições deste sorriso.
O que vem fácil, nem sempre vem fácil.
E que, por aqui, não aceitamos um não como resposta facilmente.
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